domingo, 7 de março de 2010

AS CORES DOS GATOS

Gatos amarelos

O amarelo nos gatos é uma característica proveniente do gen ligado ao sexo, o X.
Existem vários tons de amarelo, podendo ir do bem claro ao laranja escuro, quase vermelho.
O macho só precisa ter o gen para a cor amarela, no seu único cromossoma X, para ser amarelo.
Já na fêmea, se ela for heterozigoto - tiver um X para amarelo e o outro não- poderá ser amarela, tartaruga ou tricolor (preto, branco, amarelo), dependendo do gen dominante.
Se a fêmea for homozigoto para amarelo - amarelo nos dois X- ela será amarela.
Por exemplo: Uma fêmea com um X para amarelo e o outro "X" com o gen do preto, teremos uma gata amarelo e preto.
Se em um dos dois X dessa fêmea houver o gen branco(dominante), ela será tricolor.
É por isso que vemos mais machos na cor amarela do que fêmeas. Essa também é a razão dos machos tricolores serem raros. É necessário ter os dois cromossomas X para ser tricolor. Os machos tricolores têm algum tipo de anomalia cromossomial, a mais comum, é ter 2 X, apesar de ser macho (XXY) e isso acarreta na esterilidade do gato.
A afirmação de que tricolores são fêmeas é certa em 99,99% dos casos.
Estatisticamente, existe 1 fêmea amarela para cada 3 machos amarelos.
As cores de um filhotes de uma fêmea tricolor, irão depender das cores do pai. Ela pode produzir filhotes não amarelos, misturados, tigrados, preto e amarelo e filhas tricolores. Ser tigrado irá depender dos gens do pai e todos os filhotes podem ter manchas brancas.

Gatos com manchas brancas

Manchas brancas são muito comuns e variáveis. Podem se restringer apenas aos dedos, pés, pernas, nariz, queixo, barriga, peito, até uma grande mancha abrangendo várias partes do corpo ao mesmo tempo.
Alguns gatos apresentam apenas o tigrado na cabeça e rabo, sendo o restante branco. Muitas vezes são chamados de branco malhados. Mas na verdade eles são tigrados malhados de branco, já que o gen branco esconde o tigrado.
As manchas brancas são dominantes com grau variável de apresentação. Os gatos homozigotos para branco, costumam ter mais branco do que os heterozigotos. Mas há outros gens que influenciam isso.
O gen para manchas brancas pode criar gatos de olhos azuis, ou apenas com um olho azul. O gen branco é associado à surdez, se este branco atinge as orelhas. A surdez pode ser bilateral e é causada por uma degeneração da Clóclea no ouvido interno, que tem início alguns dias após o nascimento. Nem todo gato branco de olhos azuis é surdo. A surdez não impede o gato de ser um ótimo animal doméstico. Ele apenas não deverá sair, já que não conseguirá ouvir ruídos como motores de carro, buzinas, etc.
Gatos brancos podem ter manchas brancas, só que estas ficam invisíveis.

Gatos tigrados ou rajados

Os gatos tigrados possuem uma linha, semelhante a um risco de caneta, na face, saindo do canto externo dos olhos. Marcas ao redor dos olhos e um M, na testa.
Olhando seu pêlo de perto, vemos que ele tem bandas em cada fio, alternando bandas claras e escuras. Essas bandas são chamadas agouti.
O tigrado, é considerado como a cor original dos gatos.

Pêlos dos Gatos

Gatos de pêlo curto

A grande maioria dos gatos existentes em todo mundo é de pêlo curto. E destes, somente uma pequena percentagem é de pedigree. Os gatos de rua, sem pedigree, são em geral mestiços, sem características de qualquer raça e resultado do acasalamento desordenado durante gerações.
Esses gatos de rua são muito resistentes e com uma sólida constituição.

Gatos de pêlos ondulados ou Rex

Os gatos Rex, surgiram pela primeira em 1950, em uma fazenda em Cornwell. Seus pêlos são mais curtos do que o normal, todos ondulados, só os pêlos de baixo, chamados velos, apareciam, dando um aspecto diferente ao gato. Os bigodes e pestanas também eram crespos. Essa raça recebeu o nome de Cornish-Rex.
Mais tarde surgiram gatos Rex em Devon, e foram chamados de Devon-Rex, tendo pêlos mais curtos e crespos, enquanto o Cornish-Rex é mais macio e agradáveis ao toque.
Os dois tipos de Rex foram exportados para os Estados Unidos e outros países.

Gatos de pêlos longos

Embora haja controvérsias, os primeiros gatos de pêlo longo aparecidos na Europa, nos fins do século XVI, eram trazidos do oriente, descendentes do gato Angorá.
Nos Estados Unidos, surgiram mais ou menos na mesma época que na Inglaterra.

Gatos sem pêlos

Sphynx. Em 1966, uma gata doméstica no Canadá, deu à luz a uma ninhada sem pêlos. Foi por esta mutação natural que a raça se desenvolveu.

Características Genéticas dos pêlos dos gatos

Dominantes
Manchas brancas
Polidactilia (dedos à mais)
Ausência de cauda
Grisalho (ausência de cor na raiz do pêlo)

Recessivas
Pequenas manchas brancas no peito e queixo
Clareamento do preto (preto>azul)
Clareamento do chocolate
Clareamento do cinamon
Bobtail (cauda curta)
Cor sólida (sem tigrado)
Pêlos longos

Cor dos olhos

A cor dos olhos do gato está relacionada com a cor dos pêlos.

-gatos com manchas nas pontas (focinho, patas e rabo) como os siameses possuem olhos azuis.

-Gatos brancos e gatos com muitas manchas brancas podem ter olhos azuis, verdes, amarelos, cobre, apenas um azul e outro verde ou amarelo.

By Tiger

HOMENAGEM AOS GATOS


ODE  AO  GATO

Artur da Távola

Nada é mais incômodo para a arrogância humana que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias de amor. Só as saudáveis.
 
            Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Só aceita relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de traiçoeiro, egoísta, safado, espertalhão ou falso.
 
            “Falso”, porque não aceita a nossa falsidade e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e o dá se quiser.
 
            O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é esperto. O gato é zen. O gato é Tao. Conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem o ama, mas só depois de muito se certificar. Não pede amor, mas se lhe dá, então o exige.
 
            O gato não pede amor. Nem dele depende. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.
 
            Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa a relação sempre precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Vê além, por dentro e avesso. Relaciona-se com a essência.
 
            Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende ao afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando esboça um gesto de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é muito verdadeiro, impulso que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe; significa um julgamento.
 
            O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós).
 
            Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, eles se afastam. Nada dizem, não reclamam. Afastam-se. Quem não os sabe “ler” pensa que “eles não estão ali”, “saíram” ou “sei lá onde o gato se meteu”. Não é isso! É preciso compreender porque o gato não está ali. Presente ou ausente, ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
 
            O gato vê mais, vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente ao nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.
 
            Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.
 
            O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precisa de promoção ou explicação os assusta. Ingratos os desgostam. Falastrões os entediam. O gato não quer explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda a natureza, aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato.
 
            Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração e yoga. Ensina a dormir com entrega total e diluição no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase quinze minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, ao qual ama e preserva como a um templo.
 
            Lições de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, o escuro e a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.
            Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gesto e senso de oportunidade. Lição de vida e elegância, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências ou exageros e incontinências.
              O gato é um monge portátil sempre à disposição de quem o saiba perceber.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A raça Bengal





Muitos artigos existem na internet sobre a raça Bengal e vou transcrever alguns pedaços para melhor compreensão.

Bengal


O comportamento interativo, dócil e aparência selvagem, fazem do Bengal um gato fantástico. A raça surgiu entre as décadas 1960 e 1980 com o cruzamento entre gatos de raça, e o Asian Leopard Cat (ALC), uma especie de felino selvagem existente na asia em geral muito parecido com gatos selvagens existentes nas Américas.

A responsável pela raça e seu reconhecimento é Jean Sudgen Mill, proprietária do famoso gatil Millwood, que após anos de trabalho árduo chegou a esse espetacular resultado.

Só são considerados Bengals, animas com distância de quatro gerações do animal selvagem, isso garante um comportamento extremamente dócil. Os animais da Primeira a terceira geração (F1,F2,F3), são chamados gatos de Fundação, as fêmeas são férteis e os machos são híbridos até a terceira geração.



Temperamento

O Bengal é muito curioso e inteligente, comparados aos cães pela intensa interatividade com os humanos, eles convivem facilmente com outras especies de animais. Além da aparência selvagem, os Bengals também herdaram do ALC, o hábito de repousarem em lugares altos e alguns gostam de brincar com água.

Características

O Bengal é um gato com aparência extremamente selvagem, sua pelagem de fundo varia de tons e cores, seus pelos são muito macios ao toque. O padrão Brown Spt. Tabby é que mais assemelha-se com os grandes felinos pintados. É fundamental que na barriga do animal haja a presença de pintas, e a pelagem de fundo seja mais clara e de preferencia branca, característica muito difícil de se firmar. A cabeça e orelhas pequenas são características desejáveis para o padrão do Bengal moderno, o foucinho largo e mandíbulas grandes são características que lembram os grandes felinos selvagens. Os olhos variam de cores, entre elas estão vários tons de verde e amarelo. Os machos são um pouco maiores que as fêmeas, atingindo a faixa dos 7 quilos, e as fêmeas dos 5 quilos.